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segunda-feira, março 01, 2010

A evolução da web

A internet de hoje não é a mesma de ontem e nem será a de amanhã. Não me refiro às especificidades técnicas da questão, pois há os que digam que não existe diferença técnica alguma entre a web 1.0 e a 2.0. Que os programas, dispositivos e todo esse aparato tecnológico são semelhantes. Ou quase isso. A discussão aqui se refere ao conteúdo e a forma na qual ele é consumido.


A Internet surgiu em meados nos anos 60, com um ideal político-militar como cartão de visita. Tempos depois, as grandes empresas descobriram o poder comercial da rede mundial de computadores. Diante da quantidade de informações disponíveis, o comércio eletrônico instalou-se como o “centro” da rede mundial de computadores. Entretanto, os conteúdos disponibilizados em meio à geração comercial da Internet eram pouco ou nada interativos. O usuário era um mero espectador e não tinha autonomia para fazer qualquer tipo de alteração no conteúdo. A internet era um espaço de leitura, por assim dizer. A Enciclopédia Britannica é um dos exemplos mais clássicos da web 1.0. Os artigos e documentos funcionavam como conteúdos de enciclopédias físicas: imóveis e estáticos a espera de um leitor qualquer, sem oferecer nenhum recurso interativo para o seu usuário. E nem este tinha tamanho poder de interferir no que estava escrito. Era aquilo e pronto. E por aí se enquadram as numerosas edições dos CDs do Almanaque Abril, aulas de História do Brasil, enciclopédias digitais etc. Ainda que de forma primária, a web 1.0 preocupou-se com a troca de informações, mas não em seu compartilhamento entre os usuários e produção. Assim sendo, ela pôde ser caracterizada como um canal estático, fechado, institucional e proprietário. Os softwares não compartilhavam conteúdo e sim o vendiam.


A sucessora da web 1.0 inovou em relação a sua antecessora em vários segmentos. A web 2.0 trouxe, em sua essência, a ideia de que o usuário é figura central no processo estabelecido na rede mundial de computadores. Ele não é mais um mero espectador, mas sim um agente produtor e consumidor de conteúdo. Isto é, ele não tem acesso apenas à informação processada por ele, mas também a todo um conteúdo disponibilizado por outras pessoas. Devido ao grande fluxo de trocas (alterações, produções etc) estabelecidas entre o crescente número de usuários, a rede de compartilhamento entre eles tende a ser mais qualificada. A Wikipédia, por exemplo, tem o seu conteúdo produzido inteiramente por usuários e permitiu a construção de uma inteligência coletiva. A web 2.0 também é a web das redes sociais. Orkut, Twitter, Facebook e Flickr são alguns dos exemplos de redes que possibilitam a constante interação social. O usuário tem a liberdade de conectar-se a quem ele deseja e de participar de comunidades de seu interesse, criando tópicos de discussões. Mas a grande força da segunda geração de web talvez seja o gigante Google, que hoje dispõe de inúmeros aparatos interativos e que se tornaram quase que essenciais para a nossa vida.


Não há como negar que o surgimento da web 1.0 foi um fenômeno para a época, ainda que tenha trazido limitações operacionais e sociais aos seus usuários. O fato de os softwares serem fechados, talvez seja o real motivo pelo qual não houve um “boom” da Internet nesse período. Mesmo com essa limitação, os usuários puderam usufruir da rapidez e velocidade da Internet, principalmente nas contas de e-mail. Negócios comerciais se deram por meio de um fluxo de informação ágil e eficiente, que beneficiava empresários e clientes. As informações aceleravam, possibilitando a movimentação eficiente da economia. Com os softwares abertos da web 2.0, o internauta pode conhecer a web como uma plataforma, não somente como um computador instalado numa rede local. O usuário é agente e autônomo na nova interface virtual. Pode, por exemplo, disponibilizar seus documentos, planilhas e afins no Google Docs e convidar outros usuários para ter acesso a eles, compartilhando informações em tempo real. Tem também a chance de colaborar em diversos blogs, fotologs, dentre outros. São inúmeras as possibilidades de compartilhamento, categorização de informações e produção de conhecimento em conjunto.


Postado por Denise Niffinegger


Referências:

http://racosta.wordpress.com/2008/08/03/web-10-x-web-20/

http://eduspaces.net/scarr/files/6472/14565/Web+2.0.doc

http://espig.blogspot.com/2007/10/web-20-mdulo-2-o-legado-da-web-10-e-as.html

http://marcogomes.com/blog/2005/sobre-a-web-20/

http://racosta.wordpress.com/2008/08/03/web-10-x-web-20/

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1 Comentários:

  • Oi, Denise,

    bom texto. Boas referências citadas ao final (elas dão legitimidade ao seu post) e bons exemplos de produtos dentro do conceito de web 2.0. Eles poderiam ter seus links informados para dar ao leitor que não os conhece a possibilidade de navegação por lá. A parte que fala da história da web poderia ter sido reduzida para o post ficar um pouco menor.
    Um abraço,

    Por Blogger Daniela Serra, Às qui. mar. 11, 08:55:00 PM  

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